A intolerância religiosa está a crescer na Índia e os muçulmanos, mas também os cristãos, são os as principais vítimas. Assim o sublinha pelo Relatório sobre a situação das minorias no Sul da Ásia 2020 publicado pelo Minority Rights Group International (MRG), uma ONG britânica presente actualmente em 150 países, há mais de 50 anos comprometida contra a discriminação e as violações dos direitos humanos das minorias em todo o mundo.

Entre os países examinados pelo estudo, que constata um agravamento geral em todos os países da região, a Índia destaca-se este ano pelo aumento da violência, das medidas discriminatórias das autoridades, mas também pelo discurso de ódio contra as minorias. Sem dúvida, um fenómeno para o qual contribuiu a virada nacionalista empreendida pelo governo Narendra Modi dominado pelo Partido hinduísta Bharatiya Janata (Partido do Povo Indiano - BJP), conforme confirmado pela agência UCA NEWS.

Segundo o relatório do MGR, «os crimes de ódio contra as minorias registaram um aumento, assumindo a forma de linchamentos e violência por parte de pessoas que têm como alvo muçulmanos, cristãos e dalits».

Além disso, o Governo indiano promulgou ou endureceu leis discriminatórias, que visam as minorias, incluindo leis polémicas contra supostas conversões forçadas, das quais os cristãos são frequentemente acusados ​​injustamente. Recentemente, também foram acrescentadas leis que punem pesadamente o abate de vacas, um animal sagrado para os hindus, mas cuja carne é comida por muçulmanos e cristãos.