Golpe para transição

04/09/2020
Redacção

O golpe de Estado no Mali está a prolongar a crise sociopolítica que o país da África Ocidental enfrenta há vários meses. Em Agosto, o presidente Ibrahim Keita, eleito em 2013 e reeleito em 2018, foi forçado a demitir-se por militares golpistas e levado para a comuna de Kati.

«O Mali estava a afundar-se no caos, na anarquia e na insegurança», justifica o movimento de transição, que se intitulou Comité Nacional de Salvação do Povo (CNSP), presidido pelo coronel Assimi Goita. «Todos os acordos feitos serão respeitados», assegura o comité, perante a condenação do acto dos militares e exigindo a reposição da ordem constitucional por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Africana. O CNSP apela agora aos movimentos políticos para criarem condições para uma transição política e civil conducente a eleições credíveis.