No passado dia 5 de Junho, homens armados invadiram a igreja católica de São Francisco Xavier em Owo, Estado de Ondo, no Sudoeste da Nigéria, disparando contra a assembleia, que estava a celebrar a solenidade de Pentecostes. Morreram 22 pessoas e dezenas ficaram feridas. O Papa Francisco condenou o ataque «horrendo» e a violência «indescritível».

O Governo disse suspeitar que o grupo extremista Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês) esteja por trás da chacina. De acordo com os dados de 2022 da associação Portas Abertas, o grupo contribuiu com boa parte das 4659 mortes de cristãos, que aconteceram entre 1 de Outubro de 2020 e 30 de Setembro de 2021, na Nigéria.

Entretanto, no Noroeste do país, 14 dias depois, foram atacadas a igreja católica de São Moisés, em Robuh, no Estado de Kaduna, provocando a morte de três pessoas e a igreja baptista Maranatha. Segundo a agência Fides, 40 pessoas foram levadas à força das suas aldeias.

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, denunciou no passado dia 23 de Junho essa onda de ataques «politicamente motivados» a igrejas.