Hoje, dia 12 de Junho, celebra-se o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, instituído pela Organização Mundial do Trabalho em 2002, organismo das Nações Unidas. Os números do trabalho infantil continuam a aumentar, sobretudo com os efeitos da pandemia, afectando uma em cada 10 crianças no mundo. A Unicef estima que, actualmente, em todo o mundo, pelo menos 160 milhões de menores – algumas com menos de cinco anos –  são forçados a trabalhar; a região com maior prevalência é a África, com 20% de todas as crianças nessa condição.

O Papa Francisco considerou, neste domingo, após a recitação da oração do ângelus no Vaticano, que o trabalho infantil é uma «chaga» da humanidade.

«Empenhemo-nos todos para eliminar esta chaga, para que nenhuma criança seja privada dos seus direitos fundamentais e obrigada a trabalhar», pediu o papa, desde a janela do apartamento pontifício.

«A realidade dos menores explorados no trabalho é dramática, interpela-nos a todos», acrescentou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

O Vatican News destaca a jornada promovida pela ONU, sublinhando que o trabalho infantil afecta uma em cada 10 crianças no mundo.

Em 2020, pela primeira vez desde 2000, aumentou o número de crianças entre cinco e onze anos de idade envolvidas em trabalho infantil, metade das quais em actividades consideradas perigosas.

«Neste Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, as Nações Unidas e seus parceiros focam-se no tema de mais investimentos em proteção social e sistemas que protejam as crianças da prática», indica uma nota divulgada pela ONU, convidando os governos a «lutar contra a pobreza e a precariedade».