Peru: desastre ecológico

Peru: desastre ecológico

31/01/2022

Dom Luis Alberto Barrera, missionário comboniano e bispo de Callao, visita uma das zonas afectadas pelo derrame (Foto: Diocese do Callao)

A costa do Peru foi atingida novamente por um derrame de petróleo no passado 25 de Janeiro, dez dias depois de um primeiro derrame, com um volume de seis mil barris de petróleo e que aconteceu num oleoduto na refirania La Pampilla, da empresa espanhola Repsol, na região do Callao, em Lima metropolitana. O derrame contaminou mais de 180 hectares do litoral peruano e 713 hectares de área marinha, incluindo as costas das reservas marinhas de Ancón e Punta Guaneras

Dom Luis Alberto Barrera, missionário comboniano e bispo de Callao, expressou num comunicado público a sua solidariedade «com os pescadores, as pessoas que vivem perto das áreas mais atingidas pelo derrame. O prelado fez um apelo a que todos cuidemos da casa comum e destacou a urgência da acção reparadora. Lembrou que «as praias e as espécies marinhas pertencem a todos os peruanos» e que «os danos causados afectam a todos, em particular o povo do Callao, que já é vítima de muita poluição ambiental, a qual afecta especialmente a vida dos mais vulneráveis». «Pedimos a todas as autoridades que façam sua parte na solução do problema», disse o D. Luis, e encorajou as autoridades a que «actuem rapidamente para reparar efectivamente os danos causados à costa de Callao».

Encorajou também os funcionários públicos a «enfrentar as questões ambientais com uma abordagem holística que tenha em conta todas as dimensões ecológica, social, cultural e económica da criação como elementos interligados». Dom Luis Barrera agradeceu, ainda, a todas as pessoas e instituições que estão a fazer esforços para remediar este desastre, lembrando que «somos todos chamados a cuidar de nosso planeta, da nossa biodiversidade para deixar às gerações futuras um mundo melhor».

O Governo do Peru já exigiu que a empresa petrolífera Repsol actuasse com urgência na limpeza do derrame, considerando tratar-se do «pior desastre ecológico» dos últimos anos.