Crise humanitária na Etiópia

Crise humanitária na Etiópia

08/11/2021

Deslocados internos, que fugiram dos combates na região de Tigray, refugiam-se num acampamento localizado numa escola em Dessie, Etiópia, 19 de Agosto de 2021 (Foto: Lusa)

O Papa Francisco alertou para a crise que se vive na região do Corno de África e em particular na Etiópia, apelando ao diálogo para superar o clima de violência.

«Convido todos à oração por estas populações tão duramente provadas e renovo o meu apelo para que prevaleçam a concórdia fraterna e a via pacífica do diálogo», referiu Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus do passado domingo, dia 7 de Novembro.

A intervenção começou por evocar a população etíope, «atingida por um conflito que se prolonga há mais de um ano, que causou numerosas vítimas e uma grave crise humanitária».

No dia 3 de novembro de 2020, o primeiro-ministro e Prémio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, desencadeou uma ofensiva contra as autoridades dissidentes da região montanhosa do Tigré (Norte).

Segundo a ONU, há no estado do Tigré 400 mil pessoas a morrer à fome, com a perspectiva de em breve serem um milhão. Os deslocados serão 1,7 milhões. A Comissão dos Direitos Humanos da Etiópia denuncia massacres, torturas e violência sexual, durante este conflito.