No dia 8 de Fevereiro, data em que a Igreja celebra a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, realiza-se o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Seres Humanos.

Santa Josefina «viveu a humilhação e o sofrimento da escravidão», como recordou o Papa Francisco no ângelus do dia 7 de Fevereiro, uma jovem sudanesa que foi escravizada e se tornou religiosa canossiana.

«Este ano, o objectivo é trabalhar por uma economia que não favoreça, mesmo indirectamente, esse tráfico ignóbil, ou seja, uma economia que nunca faça do homem e da mulher uma mercadoria, um objecto, mas sempre o fim. Peçamos a Santa Josefina Bakhita que nos ajude nisto», concluiu Francisco.

A coordenadora internacional da rede internacional "Talitha Kum" é a Ir. Gabriella Bottani, missionária comboniana italiana, que esteve no Brasil e ali iniciou seu empenho neste campo contra o tráfico.

Em entrevista ao portal Vatican News, a Ir. Gabriella afirma que a pandemia afectou o trabalho das consagradas e vulnerabilizou as vítimas. A religiosa destaca ainda a actualidade do testemunho da Santa Josefina Bakhita e como a atenção do Papa Francisco a este tema alargou a participação neste Dia de Oração a fiéis de outras confissões religiosas.

«Santa Josefina Bakhita é uma mulher que nos ensina a ter a coragem de continuarmos esperando e construindo caminhos de confiança. Acreditar de verdade que aquilo que é a dor do tráfico, aquilo que é o trauma que o tráfico causou nas pessoas pode ser curado através acções de solidariedade, de proximidade», sublinha a missionária.

Veja o vídeo com a entrevista: