Francisco escreve ao novo presidente dos EUA

Francisco escreve ao novo presidente dos EUA

20/01/2021

O presidente norte-americano Joe Biden tomou posse em Washington, jurando sobre uma Bíblia do século XIX (Foto: Lusa)

O Papa Francisco enviou uma mensagem a Joe Biden, que hoje tomou hoje posse em Washington como 46.º presidente dos Estados Unidos da América, pedindo atenção aos pobres e aos que não têm voz na sociedade norte-americana.

«Num tempo em que graves crises enfrentadas pela nossa família humana pedem respostas unidas e de longo alcance, rezo para as que suas decisões sejam guiadas por um preocupação pela construção de uma sociedade marcada pela autêntica justiça e liberdade, ao lado do incansável respeito pelos direitos e dignidade de cada pessoa, especialmente dos pobres, dos vulneráveis e daqueles que não tem voz», escreveu Francisco, num texto divulgado pelo Vaticano.

A mensagem começa com votos de que Deus conceda a Joe Biden «sabedoria e força no exercício de seu alto cargo».

«Sob a sua liderança, que o povo americano continue a encontrar força nos elevados valores políticos, éticos e religiosos que inspiraram a nação desde a sua fundação. Também peço a Deus, a fonte de toda sabedoria e verdade, que guie os seus esforços para promover a compreensão, a reconciliação e a paz dentro dos Estados Unidos e entre as nações do mundo, a fim de promover o bem comum universal», acrescenta o Santo Padre.

No seu discurso, Biden citou Santo Agostinho, bispo católico dos séculos IV-V, que na sua obra “A Cidade de Deus” define a nação como um conjunto de pessoas unidas «pelos objectos comuns do seu amor».

Perto do final do seu discurso, que durou 23 minutos, Joe Biden pediu um minuto de silêncio em homenagem às mais de 400 mil vítimas da pandemia no país.

Na primeira mensagem do Twitter, Biden escreveu: «Não há tempo a perder quando se tem de enfrentar as crises que temos pela frente. É por isso que estou a caminho da Sala Oval para começar a trabalhar de imediato em acções ousadas para trazer alívio imediato às famílias americanas».