20 missionários foram assassinados em 2020

20 missionários foram assassinados em 2020

31/12/2020

 

No ano 2020 perderam a vida de forma violenta 20 missionários, entre leigos, sacerdotes, freiras, seminaristas e um religioso.

 

Segundo o relatório difundido pela agência Fides, das Obras Missionárias Pontifícias, dos 20 missionários assassinados em 2020, seis eram leigos empenhados no serviço pastoral, «uma percentagem que tem aumentado consideravelmente nos últimos anos». Os restantes que perderam a vida de forma violenta foram oito padres, três freiras, dois seminaristas, um religioso.

 

Em relação às áreas geográficas, no continente americano morreram oito, em África sete vítimas, na Ásia foram três, e na Europa, mais concretamente em Itália, foram mortos dois sacerdotes.

 

Ao longo de 2020, assinala a Fides, muitos agentes pastorais foram mortos em «ferozes tentativas de roubo ou furto», alguns foram sequestrados ou «envolvidos em tiroteios ou atos de violência nos contextos em que trabalhavam, marcados pela pobreza económica e cultural, degradação moral e ambiental».

E o relatório faz uma menção especial ao testemunho do seminarista Michael Nnadi, de 18 anos, sequestrado na Nigéria, onde os sequestros estão na ordem do dia. O jovem foi morto porque, de acordo com o seu assassino, «continuou a pregar o Evangelho de Jesus Cristo» aos seus sequestradores. Lembra também o catequista Rufinus Tigau, da Diocese de Timika na província indonésia de Papua, foi morto durante uma operação do exército indonésio quando tentou «pacificamente que terminassem com os disparos» numa aldeia.

 

A Agência Fides refere que a esta lista deve ser acrescentada a que inclui agentes pastorais ou católicos agredidos, espancados, roubados, ameaçados, sequestrados, assassinados, bem como a das estruturas católicas atacadas, vandalizadas ou saqueadas, que é muito mais longa.

 

«Em todos os cantos do planeta tantos ainda hoje sofrem e pagam com as suas vidas pela sua fé em Jesus Cristo», afirma o texto.

 

E neste ano, por causa da pandemia covid-19, «centenas de sacerdotes e religiosos, capelães de hospitais, enfermeiros, morreram durante o seu serviço, fazendo o melhor para ajudar aqueles que foram afetados por esta doença nos locais de atendimento».

 

Um relatório parcial do Conselho das Conferências Episcopais Europeias contabiliza que «mais de quatrocentos sacerdotes empenhados na assistência médica ou pastoral dos fiéis morreram de covid-19» em 2020, e a situação «não é diferente em outras partes do mundo».