Natal de esperança e ternura

Natal de esperança e ternura

24/12/2020

Francisco referiu na audiência geral, realizada na biblioteca do Palácio Apostólico, que o Natal se tornou uma «festa universal» que chega mesmo a quem não é crente. O Natal é um acontecimento decisivo: «Os cristãos sabem que o Natal é um acontecimento decisivo, um fogo eterno que Deus acendeu no mundo, e não pode ser confundido com coisas efémeras».

O papa apontou o risco de se reduzir o Natal a uma festa «somente sentimental e consumista, cheia de presentes e felicitações, mas pobre de fé cristã. E também pobre de humanidade. Portanto, é necessário refrear uma certa mentalidade mundana, incapaz de compreender o núcleo incandescente da nossa fé, que é o seguinte: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade”. Este é o centro do Natal. Aliás, é a verdade do Natal».

E recordou que «a simplicidade e a humanidade do Natal podem remover dos nossos corações e das nossas mentes o pessimismo que hoje se difundiu por causa da pandemia». E sublinhou que «podemos superar esta sensação de desconcerto inquietador, sem nos deixarmos dominar pelas derrotas e fracassos, na consciência redescoberta de que aquele Menino humilde e pobre, escondido e indefeso, é o próprio Deus, que se fez homem para nós».

O papa falou de uma humanidade que procura «incessantemente a verdade, a misericórdia e a redenção» e de Deus quem ao seu encontro no Natal, por «pura graça».

«O Natal é a festa do Amor encarnado, do amor nascido para nós em Jesus Cristo. Ele é a luz dos homens que resplandece nas trevas, que dá sentido à existência humana e a toda a história», declarou.

Francisco convidou a celebrar o Natal com «maior consciência» e a «meditar um pouco em silêncio diante do presépio», recordando a carta que escreveu em 2019 sobre este tema, “Admirabile signum” (Sinal admirável).

O papa destacou que Jesus nos mostra o caminho da ternura. Deus nos traz hoje «uma maneira maravilhosa em que Deus quis vir ao mundo e isso faz renascer em nós a ternura, a ternura humana que é próxima à ternura de Deus e hoje temos grande necessidade de ternura! Precisamos muito de carícia humana diante de tanta miséria! Se a pandemia nos obrigou a estar mais distantes, Jesus, no presépio, nos mostra o caminho da ternura para estarmos próximos, para sermos humanos. Sigamos este caminho. Feliz Natal!», desejou o Santo Padre.