Fim da violência contra as mulheres

Fim da violência contra as mulheres

25/11/2020

Em 1999 a ONU decretou 25 de Novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Nas últimas décadas houve progressos legislativos, mas sobre a protecção ainda há muito a ser feito.

Em 1999, por causa de um crime ocorrido na República Dominicana em 1960 no qual foram violentamente assassinadas três irmãs, a Assembleia das Nações Unidas declarou oficialmente 25 de novembro como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. “Las Mariposas” (“as borboletas”), assim eram conhecidas Patria, Minerva e Maria Teresa, as irmãs da família Mirabal. Foram mortas em 25 de Novembro de 1960 na República Dominicana pelos homens do ditador Trujillo, que as perseguiram por muitos anos, antes de decretar sua morte violenta e desdenhosa, mas que também sancionou o fim de seu regime.

Em Junho passado, as Nações Unidas divulgaram um relatório do Fundo das Nações Unidas para a População em que se destaca o claro aumento dos casos de violência contra as mulheres durante a pandemia: mais de 15 milhões de casos com um aumento de 20% de violência durante os primeiros 3 meses de isolamento em todos os 193 países membros da ONU.

A violência contra as mulheres é uma praga que percorre o mundo. Nos EUA, em plena emergência sanitária, a cada minuto uma mulher é abusada por seu parceiro; em Londres, nas primeiras seis semanas de confinamentos, foram feitas 4.000 prisões por abuso doméstico. Na Argentina, houve 50 feminicídios em apenas dois meses; no México, de Fevereiro a Abril foram assassinadas 367 mulheres; em El Salvador, as autoridades haviam reportado 9 feminicídios no primeiro mês do isolamento, mas teme-se que o número seja maior. No Brasil, houve um aumento de 56% de violências em Março, em seis estados.

O Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, exortou todos os países a tomar medidas contra este "aumento chocante" da violência. O secretário-geral disse que a violência contra mulheres e meninas é “uma afronta moral, um sinal de vergonha em todas as nossas sociedades e um grande obstáculo ao desenvolvimento inclusivo, equitativo e sustentável.”

(Nota elaborada com informação de Vatican News e ONU; Foto: Nações Unidas)

Veja o vídeo com parte das declarações de António Guterres: