Índia: religiosas dão alimentos a 2000 pessoas

Índia: religiosas dão alimentos a 2000 pessoas

17/09/2020

Um grupo intercongregacional de religiosas em Bangalore, no Estado de Karnataka, Sul da Índia, lançou um programa de segurança alimentar. Assim, conseguem sustentar diariamente 2000 pessoas pobres, afectadas pela severa crise económica que abala o país devido à pandemia da covid-19.

«Todos os dias distribuímos cestas básicas a mais de 2000 pobres com a ajuda de outras organizações e doadores», declarou à agência missionária Fides a Irmã Boyapati Jayasree, da Congregação Filhas da Sabedoria e coordenadora da ONG Dream India Network (DIN), entidade por meio da qual o projecto de assistência é realizado.

A DIN foi fundada em 2012 em Bangalore por um grupo de leigos católicos e religiosos liderados pelo salesiano padre Edward Thomas. A irmã Jayasree trabalha com a ONG desde 2016 e hoje há com ela 11 irmãs de oito Congregações diferentes, envolvidas no programa de segurança alimentar.

«A iniciativa nasceu quando começamos a ver as pessoas pobres a passar fome devido à pandemia do coronavírus e a precisar de apoio», afirmou por sua vez a irmã Jayasree. A DIN mobilizou-se para fornecer alimentos e remédios a pessoas particularmente necessitadas.

A DIN, que já tinha 54 casas-famílias que abrigavam 432 crianças vulneráveis, activou a colaboração com outras Congregações religiosas em Bangalore. E assim, graças à iniciativa da Ir. Jayasree, a organização deu abrigo a 4000 trabalhadores migrantes, de diferentes culturas, etnias e religiões, durante o bloqueio imposto para conter a propagação da covid-19.

Os migrantes recebem alojamento, alimentação e cuidados de saúde gratuitos, graças à presença de 16 médicos e 45 psicólogos que prestam aconselhamento online gratuito.

«A pandemia é um momento difícil para todos. Os pobres sofrem mais e devemos ajudá-los a preservar a sua dignidade e a própria vida: é a caridade de Cristo que nos move», salienta. Um bom sinal, é o fato de que a cada dia cresce mais o número de voluntários católicos e não católicos que se envolvem no projecto e oferecem assistência gratuita.

As pessoas assistidas são, sobretudo, aquelas que vivem nas regiões rurais e dependem totalmente do seu ganho diário, muitas vezes obtido ao se deslocarem para cidades próximas.

O fechamento generalizado imposto e a consequente crise causou um choque terrível entre as famílias dos povoados mais pobres, deixando-as em grande dificuldade, sem os meios de subsistência, com a consequente chegada da fome. Na maior parte são trabalhadores agrícolas, trabalhadores sem vínculo com nenhuma empresa, pessoas com deficiência.

(SD/PA - Agência Fides)