A República Democrática do Congo anunciou a 1 de junho o surgimento de um novo surto do Ébola em Wangata, no noroeste do país. De acordo com as informações, foram detetados seis novos casos da doença, sendo que quatro doentes já faleceram e dois estão a receber tratamento.

O último surto da doença, anunciado em agosto de 2018, matou cerca de 2.300 pessoas no nordeste do país. Atualmente, a situação nesta região está controlada.

Para além do Ébola, o país enfrenta a pandemia de Covid-19 e o pior surto mundial de sarampo. A República Democrática do Congo regista 3.326 infetados pelo novo coronavírus e 72 mortes causadas pela doença. O surto de sarampo já contagiou perto de 370 mil pessoas e matou 6.780.

De acordo com o testemunho do padre José Arieira, missionário comboniano a trabalhar na cidade de Kisangani, o povo congolês também sofre com o aumento da fome, da malária e da febre tifoide.

“Infelizmente, a maior parte dos acessos principais à cidade foram fechados e tivemos um aumento da fome , da malária e da febre tifoide”, escreve-nos o missionário.

Na mensagem que nos enviou nesta sexta-feira, 5 de junho, o padre Arieira destaca que “os ataques no leste do Congo” continuam uma rotina diária, informação repassada por carta pelo colega P. Anatole.

Sobre o trabalho no postulantado, o comboniano refere que “a vida corre quase normal”, exceto pela “alteração no programa”, sendo que “o preço dos alimentos subiu muito” e “há dificuldade em alimentar as cerca de 45 pessoas que aparecem todos os dias e também os pobres que batem continuamente à porta”.

“Mas haja confiança no Senhor, pois é a única certeza. ‘Eu estarei todos os dias convosco até ao fim dos tempos’”, concluiu a mensagem do padre Zé Arieira.